Guerras sociais no mundo: O Brasil e a violência, um contraste de sangue e exclusão
08/07/2015 • Por 3xceler •
Viver no Brasil não esta sendo uma tarefa fácil. Além das oscilações econômicas, o país passa por ondas de ilegalidades frequentes, em todos os campos sociais. A liberdade de locomoção, tão exaltada nos artigos da constituição, vem sendo pouco empregada na realidade. Assaltos, sequestros, homicídios estão virando ações corriqueiras do dia a dia. Para se prevenir desse males, a população busca alternativas que assegurem suas vidas e pertences materiais. Câmeras de segurança, guaritas, cachorros, alarmes, grades de ferro, tanto para janelas, como portões são alguns dos objetos mais procurados.
A violência no Brasil entra pela porta da frente, sem bater.
Segundo dados do programa das nações unidas para o desenvolvimento (Pnud), o Brasil é classificado como o terceiro pais que mais se rouba na américa latina, ficando atrás de Argentina e México. Essas constatações se afirmam ao analisarmos a crescente intensidade da violência no meio social. Um relatório feito pela organização para a cooperação e desenvolvimento econômico (OCDE) mostra que 7,9% das pessoas entrevistadas foram assaltadas, pelo menos uma vez nos últimos doze meses. Esse número é quase o dobro, comparado a outros países pesquisados pela instituição.
Tais ações causa maior inibição do brasileiro na suposta liberdade de ir e vir. Na mesma pesquisa, se constatou que apenas 40% dos entrevistados se sentem seguros ao andar sozinho de manha e a noite. Dados bem inferiores ao comparar com outras nações, onde o alcance chegava a 67%. Entretanto, é bom sempre ficar de olho, até mesmo dentro de casa. Boa parte dos bandidos, quando vão assaltar uma logradouro, por exemplo, buscam ir sempre para o local de maior concentração de riqueza, que na maioria das vezes é o quarto. Então a estratégia de muitos é adentrar a residência por janelas que não levante maiores suspeitas no momento do ato. Mas se os malfeitores tiverem que entrar no local do futuro roubo pela "porta da frente", eles farão sem medo.
Táticas de Guerra fazem do país "abençoado por deus e bonito por natureza" ser frio e obscuro.
Observando o crescimento da insegurança populacional, principalmente dentro de suas residências, onde a sociedade imagina que seja o local mais confiável para se proteger das mazelas externas, várias empresas resolveram investir no desenvolvimento de tecnologias que foquem a segurança da família e seus bens materiais, associando o desenvolvimento de novas tecnologias com novos métodos de defesa patrimonial.
Dispositivos biométricos, filmagens feitas em tempo real, podendo ser observada em qualquer lugar do mundo, câmeras ocultas no interfone, são algumas associações existentes no mercado. Todavia, muitos brasileiros não dispõem de recursos financeiros suficientes para obter esses auxiliadores, e outros não confiam 100% em sua legitimidade, preferindo adquirir suportes de segurança mais firmes e convencionais, como alarmes, grades de ferro (para janelas e portões), cães de guarda, maçanetas resistentes e levantamento de muros.
Em suma, mesmo com a limitação de boa parte da sociedade brasileira na aquisição para novos produtos de segurança interna, a população, vivenciando e sentindo, na pele, o avanço da violência ao seu redor, busca saídas para se proteger. A falta de presença do estado legitima um regime de exclusão social do seu principal instrumento de vida: A liberdade.
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